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28.12.16

Um Ano Novo Todo Dia



A você que está lendo essa pequena e singela mensagem, desejo todo amor, paz, carinho, comunhão e oportunidades. Que esse ano que está entrando possa ser repleto de momentos em que possamos dizer: aproveitei essa oportunidade.

Quem convive comigo de uma forma mais direta sabe que, apesar de minha parte 'ranzinza', há alguém que muito fala em oportunidades e a sobre a morte ser iminente. A vida é uma oportunidade única que muitos perdem em busca de coisas, em busca de ter um sentido para a vida (e a perdem).

Eu gostaria que esse sentimento de final de ano, Natal, e tudo que se passa fosse todos os dias. Imagine como seria a vida se vivêssemos neste clima o ano todo? Vemos que há algumas reações muito peculiares nesta época: traficantes perdoam e poupam a vida de jovens  viciados devedores, há um esforço maior por fazer o bem ao próximo. não é necessário escrever mais nada, já refletimos agora.

O amanhã é incerto. Então vamos viver cada dia como o 'ano novo', oportunidade nova.

Minha oração é para que esse sentimento não pare, que não aconteça somente nas últimas duas semanas do ano.

Que os acontecimentos do ano passado possam servir como incentivo para o ano que está, no calendário, chegando; aprendizado, sabedoria.


A todos, um feliz ano novo todo dia!



Félix Martins Lírio




imagem; http://blogosfera-panrotas.s3.amazonaws.com/traveltech/wp-content/uploads/2016/12/2017.jpg

12.12.16

Um Natal consciente



Estamos próximos do Natal. Sempre nessa época há um dilema e debate se é certo ou não festejar essa data. Alguns se escondem no argumento das origens da festa. Bem, vamos aqui conhecer os argumentos de cada parte, de forma bem simples.


Os que se posicionam contra a ‘Cristandade’ festejar e celebrar o Natal, se referem às origens da Festa. Culto pagão, Festejar Saturno (Saturnália). Acrescentam que houve um sincretismo dessa festa pagã com o então cristianismo no quarto século, quando Constantino declarou o Cristianismo a religião do império.


A história nos traz esses fatos. Há indícios de mudança de dia de celebração de festas pagãs, ou festas a um ‘santo’. Não vamos olhar os detalhes que não influenciarão ao que realmente importa.


Uma outra posição se defende alegando ser uma festa para celebração do nascimento de Jesus. Segundo o relato bíblico é impossível Jesus ter nascido nessa data, pois na região é frio, e os pastores não estariam no campo. Mas foi atribuído. Assim devemos estar celebrando com alegria essa boa nova para a humanidade, dizem.


Pessoas alegam que a troca dos presentes é originária dos Reis (?) magos (?) que trouxeram ao menino Jesus. Primeiro: eles trouxeram só para Jesus e não para todos; os presentes tem um significado importante (veja o motivo da vinda deles).


A troca de presentes seria sim, mas conveniente com o ato de Saint Claus (Santa Claus – Saint Nicholas e todas as variações) que distribuía presentes (por volta de 6 de Dezembro) às crianças e mulheres.


Voltando ao assunto principal, vou transcrever 4 pontos que Caio Fábio escreveu sobre o Natal:

1. Que Jesus não nasceu no Natal, em dezembro, mas muito provavelmente em outubro.

2. Que o Natal é uma herança de natureza cultural, instituída já no quarto século. De fato, o Natal da Cristandade, que cai em dezembro, é mais uma criação de natureza constantiniana, e, antes disso, nunca foi objeto de qualquer que tenha sido a “festividade” da comunidade dos discípulos originais.

3. Que a Encarnação, que é o verdadeiro natal, não é uma data universal — embora Jesus possa ter nascido em outubro —, mas sim um acontecimento existencial que tem seu início em nós quando cremos que Deus estava em Cristo, e se renova em nós cada vez que vivemos no amor de Deus, confiantes na Graça da Encarnação e na Encarnação da Graça: Jesus, o Emanuel.

4. Que embora o Natal da Cristandade não seja nada além de uma celebração religiosa e sincrética, nem por isso ele faz mal a quem o celebra como quem come o pão e bebe o vinho do Amor de Deus em Sua Encarnação. Isso porque, como qualquer outra coisa, o que empresta sentido às coisas não são as coisas em si mesmas, mas o olhar de quem nelas projeta, simbolicamente, o seu próprio coração.

Assim, que cada um tenha o Natal que em si mesmo tiver sido gerado!


Vemos que no livro de Ester, uma data que seria e matança dos judeus com celebração e posse dos bens pelos adversários, depois foi instituída como uma festa de alegria para os Judeus, por serem libertos disso – festa de Purim.


Posso compreender aqueles que querem ser rigorosamente cristãos - mas caem na religiosidade. Não querem ter ligação com o mundo e qualquer raiz pagã que possa repousar sob a celebração do Natal, mas não me posiciono da mesma maneira nesta questão. Como falou John Piper, “chegamos a um ponto onde as raízes já estão distantes de tal forma que o significado presente não carrega mais nenhuma conotação pagã. Fico mais preocupado com um novo paganismo que se sobreponha a feriados cristãos”.


Se tomarmos como base excluir tudo que provem de um possível paganismo, vamos ter de repensar muitas coisas. Um exemplo:


Todo idioma tem raízes em algum lugar. A maioria dos dias da semana [em inglês] —se não todos— saíram de nomes pagãos também. Então deveríamos parar de usar a palavra “Sunday” (domingo) porque ela pode ter estado relacionada à adoração ao sol em um tempo distante? No inglês moderno, “Sunday” (domingo) não carrega aquela conotação, e é a própria natureza do idioma. De certa forma, os feriados são como a linguagem cronológica.


Agora obtemos a celebração do nascimento de Jesus, do Messias. Nós achamos que o nascimento, a morte e a ressurreição de Cristo são os eventos mais importantes na história humana. Seu nascimento mudou até mesmo a contagem do tempo na história. Sua morte e ressurreição fundamentam o Cristianismo. Não celebrá-los de alguma forma poderia ser uma insensatez (retorno às palavras de Caio Fábio quando se refere ao nascimento de Cristo nas pessoas).


Realmente vale o risco, mesmo que a data de 25 de Dezembro tenha sido escolhida por causa de sua proximidade com algum tipo de festival pagão. Vamos apenas tomá-la, santificá-la e fazer o melhor com ela, porque Cristo é digno de ser celebrado em seu nascimento. Como na profecia Bíblica, um menino nos nasceu e seu nome será maravilhoso, conselheiro, Deus forte, príncipe da Paz.


Que nessas festas possamos estar celebrando com alegria e espalhando os atributos de Cristo de forma consciente. Que o amor sobreponha qualquer tipo de interpretação.



Imagem www.examiner.com / caiofacio.net / desiringgod.org /


Por Félix Martins Lírio




31.10.16

A Reforma Protestante




Há muito material histórico sobre a reforma protestante disponível hoje – bem organizados e dignos de muita confiabilidade. Alguns concentram-se apenas em Lutero no momento de descrever a reforma. A intensidade da chamada reforma protestante não é em Lutero, pois nada se constrói sem uma base.

Chamamos de antecedentes o que serve de pano de fundo de toda história. Podemos apontar o final da idade média, com o surgimento dos estados nacionais. Posterior e simultâneo, o declínio do papado com o pontífice Bonifácio VIII (1285 – 1314). Tudo desenrolou para o ‘Grande Cisma’.

Para detalhes sobre o assunto, acesse http://www.mackenzie.br/6962.html.

Descrevo em tópicos para que possamos ressaltar pontos que culminarão no objetivo da reforma.


Primeiros Movimentos de Reforma


Nos séculos XIV e XV desenrolaram alguns movimentos de protesto contra vários ensinos e práticas da Igreja Medieval. João Wycliff (1325?-1384), um sacerdote e professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, encabeçou um. Ele atacou as irregularidades do clero, principalmente sobre as superstições (relíquias, peregrinações, veneração dos santos), bem como a transubstanciação, o purgatório, as indulgências, o celibato clerical e as pretensões papais.

Abro parênteses aqui para trazer a memória uma comparação com as igrejas contemporâneas em relação ás superstições e misticismos.

Influenciado pelos escritos de Wycliff, ele que era sacerdote e professor da Universidade de Praga, João Hus (c.1372-1415), também encabeçou um movimento importantíssimo. Afirmava que todos os eleitos são membros da igreja e que o seu cabeça é Cristo, não o papa. Insistia na autoridade suprema das Escrituras. Hus foi condenado à fogueira pelo Concílio de Constança. Seus seguidores foram os precursores dos Irmãos Morávios, outro grupo protestante cujas raízes são anteriores à Reforma do século 16. Outro que deve ser ressaltado entre os pré-reformadores é Jerônimo Savonarola (1452-1498), um frade dominicano de Florença, na Itália, que pregou contra a imoralidade na sociedade e na Igreja, inclusive no papado. Governou a cidade por algum tempo, mas finalmente foi excomungado e enforcado como herege.


A Reforma - contexto social e religioso


Havia muita violência, baixa expectativa de vida, profundos contrastes socioeconômicos e um crescente sentimento nacionalista. Com isso muita insatisfação, tanto dos governantes como do povo, em relação à Igreja, principalmente ao alto clero e a Roma. Na área espiritual, havia uma religiosidade baseada em obras, aparência, pagamentos.


Os pagamentos não eram apenas para o perdão dos pecados. Na divisão de cargos eclesiásticos em um cenário mais podre que as patentes usadas, uma família comprou uma autorização do papa Leão X, para um nobre, Alberto, que pela idade, por ser leigo e outros motivos políticos não poderia ocupar uma cadeira de arcebispo. Resolvido isso, tão logo foi instalado no seu cargo, Alberto encarregou o dominicano João Tetzel de fazer a venda das indulgências (o perdão das penas temporais do pecado) para com uma parte pagar as dívidas da família para compra do seu cargo e o restante para obra da Catedral de São Pedro em Roma. Quando Tetzel aproximou-se de Wittenberg, Lutero resolveu pronunciar-se sobre o assunto.



Martinho Lutero (1483-1546)



Martinho Lutero nasceu em 1483 na cidade de Eisleben, na Turíngia. Pretendia seguir a carreira jurídica, até que em 1505 defrontou-se com a morte em uma tempestade e resolveu abraçar a vida religiosa. Ingressou no mosteiro agostiniano de Erfurt, onde se dedicou a uma intensa busca da salvação. Em 1512, tornou-se professor da Universidade de Wittenberg, onde passou a ministrar cursos sobre vários livros da Bíblia, como Gálatas e Romanos. Isso lhe deu um novo entendimento acerca da “justiça de Deus”: que não era apenas uma expressão da severidade de Deus, mas do seu amor que justifica o pecador mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 1.17).


No dia 31 de outubro de 1517, diante da venda das indulgências por João Tetzel, Lutero afixou à porta da igreja de Wittenberg as suas Noventa e Cinco Teses, a maneira usual de convidar-se uma comunidade acadêmica para debater algum assunto. Uma cópia das teses chegou às mãos do arcebispo, que as enviou a Roma. No ano seguinte, Lutero foi convocado para ir a Roma a fim de responder à acusação de heresia. Recusando-se a ir, foi entrevistado pelo cardeal Cajetano e manteve as suas posições. Em 1519, Lutero participou de um debate em Leipzig com o dominicano João Eck, no qual defendeu o pré-reformador João Hus e afirmou que os concílios e os papas podiam errar.


Em 1520, a bula papal deu-lhe sessenta dias para retratar-se ou ser excomungado. Os estudantes e professores da universidade queimaram a bula e um exemplar da lei canônica em praça pública. Nesse mesmo ano, Lutero escreveu várias obras importantes, especialmente três: À Nobreza Cristã da Nação AlemãO Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade do Cristão. Isso lhe deu notoriedade imediata em toda a Europa e aumentou a sua popularidade na Alemanha. No início de 1521, foi publicada a bula de excomunhão.


Nesse ano, Lutero compareceu a uma reunião do parlamento, a Dieta de Worms, onde reafirmou as suas ideias. Foi promulgado contra ele o Edito de Worms, que o levou a refugiar-se no castelo de Wartburgo, sob a proteção do príncipe-eleitor da Saxônia, Frederico, o Sábio. Ali, Lutero começou a produzir uma obra-prima da literatura alemã, a sua tradução das Escrituras.


Implicações Práticas


A motivação de todos os reformadores não foi política ou denominacional como vemos hoje. Eles não buscavam inovação mas restaurar antigas verdades bíblicas que haviam sido esquecidas ou obscurecidas pelo tempo (leia-se pela ambição dos líderes – nada como hoje) e pelas tradições religiosas e humanas. Sua maior contribuição foi chamar a atenção para a importância das Escrituras, especialmente no que diz respeito à salvação e à vida cristã.


Para que as Igrejas Evangélicas atuais possam manter-se fiéis à sua vocação, é preciso que julguem tudo pelas Escrituras e não interpretando pelo achismo. Os reformadores nos mostraram que o critério da verdade não são os ensinos humanos, nem a experiência espiritual subjetiva, mas o Espírito Santo falando na Palavra e pela Palavra.

A história da Reforma não é conto de fadas e nem ‘zen’, ‘numa boa’ como imaginamos. É o relato inconformado, um atrito entre a verdade e o comodismo, para não falar canalhice por parte dos ‘coronéis da fé’. Nem sempre é agradável, mas inspiradora.

Por causa das profundas conexões entre elementos religiosos e políticos, esse período foi marcado por muita violência em nome da fé. Porque a religião cega as pessoas, as paixões que desperta podem se tornar terrivelmente destrutivas, ainda mais somadas com poder e política. Sigamos nós, com o objetivo da reforma, ter a motivação de Cristo.

A reforma não parou por aí. Ela seguiu. Falaremos ainda no site sobre Ulrico Zuínglio, os Anabatistas, João Calvino, e todo reflexo da ação desses homens.





Por Félix Martins Lírio








11.5.16

Discipulado em esboço



A vinda de Jesus ao mundo teve como propósito o sacrifício expiatório. Em sua vida dedicou-se na formação de alguns discípulos, e estes para agirem da mesma maneira até que o Evangelho do Reino alcançasse o mundo todo. Eram homens simples, e no período que Jesus os ensinou, não estavam totalmente cientes do propósito de Jesus e nem de sua morte precoce.


Contudo, o estilo de vida de Jesus foi o modelo a ser imitado por todos eles. O discipulado não se restringe à mudança comportamental total. É muito mais comportamental do que visual. A maneira ‘visual’ do discipulado em nossa vida fica condicionada aos dons de cada indivíduo e ao papel de cada um na sociedade onde está inserido. Somos chamados a desempenhar um papel condizente com nosso estilo de vida e vocação.


Não preciso obrigatoriamente ser o melhor comunicador e mais espontâneo a partir do discipulado. Meu caráter e a essência dos atos devem refletir Jesus no meu círculo de amigos e pessoas com quem me relaciono através do trabalho. Não são todos os que tem o chamado específico ao pastorado de maneira integral.


Lamentavelmente, poucos entendem significado, especialmente quando diz respeito ao modo de vida. Alguns líderes de igrejas não têm a menor ideia do que seja ensinar alguém a observar e a guardar tudo o que Jesus ordenou. Assim, não causa surpresa o fato de muitas pessoas não conseguirem ir muito longe em sua peregrinação de fé, nem aprenderem a construir uma sociedade melhor.


O ‘siga-me’ de Jesus aos discípulos tinha por objetivo a aplicação integral ao ministério, e a partir deles, todo desencadeamento para que o Evangelho do Reino chegasse aos confins da terra. Ressalto que nos evangelhos vemos várias pessoas que participavam ativamente do ministério de Jesus e do reino sem estar no chamado integral.






Por Félix M. Lírio




13.4.16

A Super Ovelha



Vou ser mais direto a partir de agora. Devido ao analfabetismo funcional, onde mesmo sabendo ler não se entende, há essa necessidade. Deixar no ar, sugerir... isso não funciona com ignorantes! Procurarei sempre disponibilizar um glossário para auxiliar em palavras não tão populares.


Há no circo religioso – isso mesmo, circo -  absorção, mesmo que intrínseca, de ‘empoderamentos’, de ideologias recentes e infundamentadas para colocar o homem em um papel que não lhe cabe. Nos termos teológicos Antropocentrismo[1].


Não é recente esse desvio da centralidade do evangelho na igreja. Historicamente percebemos isso. Vemos que por falta de conhecimento e sobra de infantilidade as pessoas são levadas a um misticismo anticristão, inserindo nos ritos de reunião objetos, ou ações vindas de pensamentos para atrair a atenção dos (in)fiéis. Seja por ignorância ou caso pensado, é um erro. Mas um erro que condena a muitos que cegamente procuram pela bizarrice (refiro-me as pessoas que vão em busca desses shows, dessas aberrações).


Nesse contexto vemos uma imagem quase beatificada: a ‘super ovelha’. Não vou imputar a culpa nos escritores e no cinema para isso entrar no ‘ramo de negócio evangélico’. Desde as músicas às pregações, liturgia aos cumprimentos, linguagem... tudo remete a isso – empoderamento da ovelha.


Na figura de linguagem Bíblica somos comparados a ovelhas e Cristo ao pastor, que conduz, cuida, guia. Não é a finalidade deste texto expor a função do pastor de ovelhas para explicar o motivo dessa comparação.


Quero apenas citar dois textos que mais sofrem com essa bestialidade: Salmo 23 e Mateus 10.16 – especificamente.


O Salmo 23 dispensa muitos comentários sobre contexto. Com a inversão do papel, mostra-se uma ‘ovelha’ no papel principal, e não como objeto cuidado; mostra como protagonista merecedora dos cuidados, e não do cuidado espontâneo da sua fraqueza e fragilidade.


Mateus, em um relato profundo sobre ensinamentos na fala de Jesus, no versículo, expõe uma preocupação seguida de conselho prático: comportamento diante do problema. O predador é o lobo, a ovelha presa. Com a ‘teologia bestial’, inverte-se e cria uma super ovelha, capaz de andar em meio aos lobos sem medo de ser devorada, pois ‘o senhor é meu escudo e fortaleza’ – ótima interpretação de contexto, não é? E se usássemos a frase ‘ninguém toca no ungido’? Ou então, quem sabe, vamos brincar com o predador...


A imaginação que tenho é de uma ovelha fraca que após ser encilhada pela religião, levanta sob duas patas e sai toda imponente esmurrando os ‘lobos’ por onde passa. Está mais para o Pacato, o animalzinho medroso do He Man que se transformava pelos poderes de Grayskull. O pensamento de invencibilidade toma conta.


Ignorância pura ou manipulação? Fico sem saber ao certo se é show de entretenimento ou burrice. O que sei é sobre a consequência desastrosa.





Por Félix M. Lírio






[1] substantivo masculino
fil rel forma de pensamento comum a certos sistemas filosóficos e crenças religiosas que atribui ao ser humano uma posição de centralidade em relação a todo o universo, seja como um eixo ou núcleo em torno do qual estão situadas espacialmente todas as coisas (cosmologia aristotélica e cristã medieval), seja como uma finalidade última, um télos que atrai para si todo o movimento da realidade (teleologia hegeliana).


30.3.16

Deus não existe #1: o mal



Você já escutou essa frase antes: Deus não existe. Pessoas sofrendo, professores ‘acima da média intelectual’, filósofos ou até mesmo você (como se para ser inteligente precisa desacreditar no criador). É um assunto de amplitude enorme. Vamos abordar hoje alguns pontos.

Abro aspas para contar um breve testemunho introdutório. Em uma ação proposta pelo seminário Bíblico CTMVida, de evangelização, em uma região de Blumenau, dois colegas Fernando e Mariane, se depararam com um jovem, de aproximadamente 13 anos. Ele falou que Deus não existia. Indagado o motivo ele recuava. Finalmente falou que era ativo na igreja e seu irmão foi diagnosticado com Câncer. Com isso o dirigente da igreja entregou uma mensagem “que Deus livraria seu irmão de 8 anos da doença”. Seu irmão morreu. Nenhum argumento surtiu efeito no momento. Revolta.

Importante ressaltar que Deus não é obrigado a fazer a nossa vontade.

Por fatos assim muitas pessoas desacreditam de Deus. Criam uma negação, uma repulsa. Outros motivados pelo estudo tomado como absoluto, vindo da direção de professores desacreditados de Deus por alguma crise interna. Esses motivos são quase infindáveis, e a ação da igreja ao longo dos séculos e também a contemporânea, acaba prejudicando por falta de conhecimento.

Perguntar não é pecado, questionar também não. Um exemplo Jó.

Dos principais argumentos ‘intelectuais’ para justificar a não existência de Deus estão:

1)      Há o mal no universo
Crianças inocentes morrem em guerras, em pandemias, de fome, de sede. Se Deus existe ele é um sádico, argumentam.

Note que a argumentação é mais emocional do que racional. Há uma raiva no argumento, pelo sentimento de incapacidade de evitar as coisas, e essa responsabilidade é atribuída a Deus.

Não acredito que essa seja uma argumentação plausível. O que é considerado trevas para os intelectuais, estudiosos, cientistas, dicionários? Ausência completa de luz.

Se o mal é argumentação para a não existência de Deus, o bem não seria o contra-argumento? Vemos muitas ações que nos fazem acreditar na humanidade. O argumento toma validade quanto insistimos em buscar a origem do mal. De onde vem? Da inexistência de Deus ou de um sádico. Não deveria ser perguntado de onde vem o bem?

Clinton Richard Dawkins é um etólogo (comportamento animal), biólogo evolutivo e escritor britânico. Possui vários livros escritos, entre os quais “The God Delusion” (Deus, um delírio), conhecido por publicar o ‘O Gene Egoísta’, introduzir o conceito de meme, defender o ateísmo, o racionalismo e o secularismo e Críticas à religião, disse: “Se Deus é um delírio, porque nascemos iludidos por Ele?”. Ele não tinha certeza.
Como vamos ser atraídos por algo que não existe?

Não podemos considerar uma linha torta se não houver o parâmetro de linha reta. Para existir o mal, existe o “bem”. O mal é atribuído a um Deus sádico que não deve existir, mas o bem... vejamos... já está em nós. A essência do ‘feitos conforme sua imagem e semelhança”.

Froid, para quem gosta de filosofia, designa-se ateu, admite que carecemos de um Pai, um Deus protetor. Se carecemos de uma imagem de Pai protetor, de onde vem essa carência? Nosso organismo carece de algumas vitaminas que são encontradas na alimentação, porque existem.

Um pensamento simples é a comparação com a viagem de avião. Algumas pessoas passam por problemas respiratórios, acabam sentindo-se sufocados. Isso não prova que     o oxigênio não existe. Por um contexto externo não se consegue usufruir do oxigênio. Pressurização, distância, circunstância.

Existem pessoas boas. Existe pessoas que buscam fazer o bem. Há as declaradas cristãs, outras ateias. Não há problema nenhum. Uma coisa não invalida a ação. Ateus também possuem valores morais, fazem o bem, pagam imposto. A verdade moral, sobre bem e mal, não é construída. É revelada, descoberta, existente. Não é determinada por voto, preferência ou gosto pessoal.

A base de valores é circunstancial sem Deus. Variável. Não há um ponto fixo, uma linha reta, régua. Possuímos uma essa referência (Jo 17.17).


Deus existe. O que não existe são algumas ‘versões’ de deus.





Por Félix M. Lírio



Imagem disponível na internet.

16.3.16

Pecadinho e pecadão





Temos o costume de julgar causas. Nos consideramos os mais ‘justos’ juízes – se baseado em nossa própria vivência, trapos de imundícia é uma definição superficial! No segmento de ética e moral temos os maiores julgamentos.

Neste senso de julgamento criamos parâmetros aos pecados. ‘Pecadinho’ e ‘pecadão’. Isso vem permeando há séculos os padrões brasileiros. Essa distinção entre pecados mortais e veniais, criam um escudo para os que erram.

Os pecados mortais privam o indivíduo da graça salvadora e a condenam diretamente ao inferno, sem direito a defesa. Os veniais são mais leves e merecem um tratamento diferenciado, temporal. Ao longo dos séculos criou-se uma lista de pecados veniais e mortais, ou pecadinho e pecadão.

Nossa ética aceita o jeitinho, a mentirinha, a fofoca, as pequenas corrupções, mas o adultério se tornou imperdoável! No cenário político as acusações (muito bem fundamentadas) de corrupção são ignoradas nas eleições. O cenário político Brasileiro é uma prova disso, nos últimos 3 mandatos. O que falar do Norte Americano Bill Clinton e o escândalo sexual tempos atrás? Diferente, não é? Não deveria. O erro é erro mesmo que todos façam e o correto é correto mesmo que ninguém o faça!

As igrejas evangélicas têm por base o fundamento Bíblico de que todo pecado é igual, e o que ‘tropeça pelo menor mandamento que seja, é culpado por todos’. É raro alguém ser corrigido, admoestado por pecados como mentira, preguiça, vaidade, orgulho, fofoca.

Vemos rigor quanto aos pecados sexuais como adultério, prostituição, fornicação, pornografia, homossexualismo – mesmo alguns caindo no campo ‘aceitável’ para não perder público.

Os evangélicos são rigorosos acerca de imagens e questões como não fumar, beber. Mas não o é em questões essenciais tanto quanto! Justo em pontos que vêm moldando a mentalidade de hoje, na maneira de ver o mundo.

Preocupamo-nos com práticas supersticiosas como lenços e artefatos ungidos, em cerimônias com busca por algo ‘sobrenaturalmente espiritual’ (com a ignorância de não perceber que o natural é o caminho que Deus traçou para que o espiritual trabalhe).

Diferenciações sem fundamento. Gravidades diferentes sim, existem. Mas o julgar o que é e o que não é, não cabe a nós, pois condenamos uns ao inferno e a outros não. Se não forem beneficiados pela graça, todos acabam no inferno.




Por Félix M. Lírio


Imagem: http://vko.sud.kz/sites/default/files/u112/1411723037_femda-630x437.jpeg


2.3.16

O sentido da vida



Qual o sentido da vida? Você já pensou nisso. Já desistiu de pensar. Ficou decepcionado, chateado, furioso, confuso. Eu também. Alguns vão atrás e outros, ignoram. Porém há um momento que você precisa ir atrás de respostas.


Para alguns, saber ou não saber qual é o sentido exato da vida não faria diferença alguma; para outros é desesperador, a ponto de deixar de viver - enquanto sobrevive.


Aristóteles estava errado! Para muitos o sentido da vida consiste em alcançar a verdadeira felicidade. Ok. Mas o que é felicidade? Os que pensam assim consideram a felicidade algo circunstancial. Isso é alegria – temporal. Felicidade vai além, é atemporal, é transcendente.


Aristóteles considerava que a verdadeira felicidade só seria alcançada num estado de completa apatia, um estado de indiferença sobre tudo aquilo que nos rodeia. Já pensava assim – mesmo sem conhecer a filosofia dele. Este filósofo defendia que só a indiferença pelo destino, e uma vida livre de emoções de sensações poderá levar-nos à felicidade.


Outro que estava equivocado parcialmente era Epicuro. Para ele o sentido da vida passa, não no alcance da felicidade, mas na satisfação de desejos e prazeres. Nisso, mesmo que inconsciente sobre quem filosofou acerca, vive a maioria das pessoas. Busca frenética pelo prazer. Nisso diferem de Epicuro, pois para ele o prazer é a ausência de dor.


Prazer não é isso. Vocês sabem muito bem. Seu pensamento consistia em que para vivenciar esse prazer é fundamental evitar a dor e para isso não devemos viver com medos ou preocupações. Em partes correto; Jesus nos ensinou a ter um propósito e não medos, pois “o perfeito amor lança fora o medo”.


Epicuro não defende uma vida recheada de luxos e excessos, mas uma vida em conformidade com a natureza e com os outros. A morte não existe para ele, pois não a vê, apenas participa. Quando a morte existe, ele que não existe mais. Assim, em suma, desfrutemos da vida e ocupemos nossa mente não com problemas.


Sabendo disso podemos pensar melhor fundamentados sobre o sentido da vida. De fato, pensamos no sentido da vida, quando perdemos o entendimento dos caminhos do sentido – mesmo sem o ter claro.
É mais ou menos assim: não sei o sentido, mas se tudo está indo bem, faz algum sentido. Se não está de acordo com o que tenho no subconsciente, não há sentido. Nosso cérebro é demais!


Theodor Seuss Geisel diz: “Eu gosto de coisas que não fazem sentido: isso acorda as células do cérebro. Fantasia é um ingrediente necessário em nossas vidas, é um modo de olhar a vida pelo lado errado do telescópio. Isso é o que faço, e isso permite que você ria das realidades da vida. ”


Porém nenhum pensador chegou perto do ‘Eclesiastes’. Lendo Eclesiastes pode-se identificar como ‘o mais pra baixo, pessimista’. Eu prefiro ‘o realista’. Ele diz que os esforços são sem sentido, são bolhas de sabão que estão e logo se dissipam – por não compreender o sentido. Aliás, ele compreende o sentido ao assumir que não temos capacidade para identificar de maneira racional como gostaríamos.


Nisso concorda Niels Bohr que diz que o sentido da vida consiste em que não tem nenhum sentido dizer que a vida não tem sentido.


O sentido da vida é viver. Adaptando-se a viver. Por acaso escutei uma entrevista do lutador Minotauro, que em palavras sábias falou que na vida é preciso aprender a apanhar, pois bater todos sabem. Temos de estar nos adaptando quando as coisas não são como gostaríamos. No mais tudo vai bem.


O que que me faz pensar quase como Aristóteles, é a frase de Ludwig Wittgenstein: “O que sei sobre Deus e o sentido da vida? Eu só sei que este mundo existe”.


Para Pablo Picasso o sentido da vida é encontrar o seu dom e o propósito da vida é compartilhá-lo. Agatha Christie diz que a essência da vida é andar para frente; sem a possibilidade de fazer ou intentar voltar a trás. A vida é uma rua de sentido único.


Não é possível voltar. O que fiz, fiz. O que não fiz não faço mais. Nisso temos Deus e seu maravilhoso propósito. Em todo plano de redenção e salvação, o propósito era nos dar vida, e vida abundante, com sentido: amor.


Carl Jung diz que o indivíduo não realiza o sentido da sua vida se não seguir um serviço sobre-humano, algo transcendental e espiritual. Johann Goethe complementa esse pensamento dizendo que em uma situação difícil, escutar o coração mostra o sentido.


Mas o coração do homem não é enganoso como diz a Bíblia? Temos convicções pré-estabelecidas, sem necessidade de doutrinação. Sabemos o certo e o errado. Aí vem o relativismo doutrinando jovens indefesos com o pensamento de que nada é certo e nada errado, tudo depende.


Afinal, qual o sentido da vida? Você já descobriu. Viver. Viver uma vida bem vivida, com propósito. Deus nos dá a pista que o propósito da vida não é viver para o eu, para o ego, mas sim perceber a felicidade pelo amor. O amor não é restritivo, é ao próximo.


“A fé é o conhecimento do sentido da vida humana, conhecimento que faz que um homem não se destrua, mas que viva. A fé é a força da vida”. León Tolstói


“Tente estar em paz consigo mesmo, e ajude os outros a compartilhar desta paz. Se você contribuir para a felicidade de outras pessoas, encontrará a verdadeira meta, o verdadeiro sentido da vida”. Dalai Lama


“Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase todos os cosmos”. Nietzshe


Vitor Frankl relatou em seu livro “Em busca de Sentido” (tradução própria de Man's Search for Meaning 1959), que os prisioneiros, como ele também foi, que mais sobreviviam ao sofrimento do/no campo de concentração de Auschiwitz eram aqueles que sabiam que havia uma tarefa esperando por eles para ser realizada.


Viva!




Por Félix M. Lírio


17.2.16

O que realmente importa?




Sempre temos muitas informações nos diversos cenários: político, religioso, físico... porém muita informação é sem importância, irrelevante. A preocupação deve ser transmitir algo que faça sentido, que realmente importe.


Sobre religião, o que é essencial, indispensável, o que de fato importa?


Permitido vs. Proibido? Músicas? Contribuições?


Um dos problemas da humanidade é a interpretação prévia. Julgamos a religião com base em pressuposições ou opiniões de quem também não é especialista no assunto! Ateísmo está na moda. É fácil ser ateísta: precisamos negar a existência daquilo que não compreendemos. Sempre foi assim. Ignoramos o que não compreendemos.


Se não é comprovado cientificamente é relativizado. Ok. Que bela interpretação de vida! Não vamos por essa via, pelo menos não no momento.


Os relatos Bíblicos apontam o rumo da história e seu desenrolar à soberania de Deus e seu plano de criação de todo multiverso. Sol, lua, estrelas, planetas, homem. Deus planejou tudo – isso mesmo, tudo! – antes de criar. Vou repetir. Deus já sabia todo o rumo que através do primeiro casal desenrolaria a história, inclusive o dia de hoje, com você lendo esse texto.


Deus criou o homem. Perfeito, conforme sua semelhança e imagem; sem doenças, pragas, nada. Foi criado com sentimentos, desejos e vontades. Tinha o poder de decidir. Deus estipulou apenas uma condição: não comer de um fruto. Mas... comeu! O pecado não está no paladar e nem ligado à parte sexual. Foi a desobediência que derrubou o ser humano.


Isto trouxe várias consequências. Sofrimento, espinhos e ervas daninhas para serem lavrados, dor e sofrimento na gravidez e parto, suor para a alimentação e também a morte.


Não vamos discutir os aspectos de Deus como soberania e onisciência. Deus sabia de tudo o que aconteceria mesmo antes de criar tudo. Então porque Deus criou? Para formar uma família, relacionamento, amor.


Como o homem desobedeceria, seria culpado. Mas como o homem pagaria essa dívida? Qual seria o valor? Como ele pagaria? A Bíblia fala que o salário, ou paga, ou preço do pecado é a morte. Sabendo que o homem, já destituído de sua criação, contaminado pelo pecado, seria incapaz de quitar essa dívida, o plano de Deus incluiu a si mesmo como pagamento.


Sendo o ser humano o pecador, Deus encarnou como humano, Jesus, para de forma perfeita pagar essa dívida. A visão panorâmica dessa história você conhece. Ele morreu sem pecado algum, levando a culpa de todos. No ápice do seu sofrimento na cruz jesus gritou: “Está consumado”. Pronto. Perfeito. Pago.


As pessoas enxergam isso com uma ‘pulga atrás da orelha’. Acham um exagero. Podem pensar que Deus é mau por não interferir nos reflexos das decisões humanas, pela morte de inocentes. P. S.: Jesus era inocente e morreu.


Acreditam que isso é uma tremenda bobagem. Que ‘esse negócio de igreja’ é perca de tempo, pois ‘as pessoas são uma coisa dentro e outra fora’. Nisso concordo. Mas não generalizemos. Há sim muita bobagem. Há muitas distorções. Enxergam a religião e não Cristo. E é contra isso que estou escrevendo.


As pessoas não percebem o que realmente importa. Olham só para as ações equivocadas, com base em si mesmas. Veem as pessoas se reunindo em um local, cantando, dançando, agindo de maneira estranha (rs), pedindo dinheiro, e um monte de outras coisas, e julgam sem base alguma de conhecimento. E não estão erradas, pois sem conhecimento o fazem.


O que realmente importa, afinal?


Segundo o escritor Max Lucado, caso tivesse que resumir em uma palavra o que realmente importa, seria a Cruz. Ela personifica o pagamento de toda essa dívida; demonstra o verdadeiro amor, pois amor não é sentimento. É ação, sacrifício


Gosto de falar em vida bem vida como o que importa. Como assim? Simples. Tudo o que ocorreu, o plano de Deus, a cruz, etc, tem o propósito de dar um sentido, dar vida plena, vida bem vivida, aproveitada. A cruz retrata e inspirar-nos a viver baseando-se na humanidade que Jesus transmitiu e ensinou com atos e palavras. Amor ao próximo.


Ok, bela história. Mas tudo isso pode ser uma grande mentira, não é? Não. Há índices arqueológicos e históricos que confirmam que o Jesus humano existiu. Isso não pode ser negado.


O que alguns questionam é quanto à natureza divina de Jesus. Bem, não vamos falar disso agora, mas breve o faremos.


A história não consegue ignorar a cruz nem a Deus. Ninguém pode. Mas e a ciência? E o Big Bang? Quanto a isso a ciência tem evoluído muito. Tentou provar a inexistência de Deus, mas não conseguiu fazê-lo.


Quanto à origem de tudo, há na própria ciência o Criacionismo científico. Estudos científicos que chegam a uma definição que nada surge do caos, ainda mais em perfeita harmonia. Geneticistas estudam e apontam que o ser humano foi originado de um só casal progenitor. Em outra ocasião falaremos sobre isso.


É necessária alguma imaginação para acreditar em Deus e em ‘seu plano’. Precisa-se muito mais para ignorar a figura de uma inteligência superior como criador e crer na criação como originária do caos!


De tudo o que foi abordado, o que permanece é o amor. Esse é o sentido do plano de Deus. Viva a vida, bem vivida. Ame!





Por Félix M. Lírio



3.2.16

Fé ou conveniência?



Fé sem esforço é conveniência! A verdadeira fé é toda carregada de esforço. Engana-se quem pensa em 'Fé' como objeto de crença apenas. Assim fica fácil. Através das obras é que se vê a Fé!

Segundo a Bíblia, a fé é um dom recebido de Deus. Paulo fala que alguns tem o dom da fé, outros do ensino, serviço, o de dar ânimo. Apesar de ser um dom, não deve ser tomado por absoluto.

Se alguém tem falta de fé, peça à Deus, recomenda Tiago. Em todo o momento a narrativa Bíblica aponta que a manifestação da fé são as obras. As obras não são para salvação: são pela salvação.

Não devemos fazer boas obras para, mas por sermos salvos. Isso é difícil. Alguns não tem tempo de espalhar os frutos enquanto estão na vida terrena. O ladrão da cruz é um exemplo.

Não sejamos ignorantes a respeito dessa vida: não estamos aqui para passar um tempo, para ir a uma reunião, para ler ou escutar um sermão. A vida Cristã é muito mais que ir a uma ‘igreja’. Não só para você, mas para a pessoa com quem você cruza todos os dias e às vezes nem olha, ou percebe a presença. Podem estar com fome, frio, dor, solidão. Seja a cura para essa pessoa. Faça o que Jesus faria. Mostre sua fé de boca fechada.

Os que precisam de médico são os doentes; de comida os que estão com fome; de água os que estão com sede; de salvação toda a humanidade.




Por Félix M. Lírio




*imagem http://discipulofiel.com.br/


20.1.16

Confissão de Fé: necessário, preciso, relevante?




Há algum tempo venho pensando em escrever sobre a Confissão de Fé, ou Credo, ou Declaração de Fé. Esbarro sempre na questão da relevância. Então uma Confissão de Fé não é relevante? Ao contrário. Deixe-me explicar.


Tudo vai depender da finalidade pela ou para qual escrevemos/queremos uma declaração de fé.

1)      A declaração de fé não é maior que os Escritos Bíblicos (Sola Scriptura);
2)      A declaração de fé não é prova de ser um cristão;
3)      A declaração de fé não tem poder para a salvação;
4)      A declaração de fé não define caráter;
5)      A declaração de fé pode dividir pensamentos;
6)      A declaração de fé pode ter argumentos ‘pró’ ou ‘contra’.



Não vou ficar escrevendo os prós e os contras aqui. Não é o objetivo. Quando falo em objetivo refiro-me ao principal, necessário, relevante e não ao fútil.


Afinal, o que é o relevante, necessário, principal? Aqui veremos uma amostra do que é realmente importante, mas teremos um estudo próprio sobre esse tema.


Voltemos às confissões, declarações, credos. Sem a arrogância ou prepotência de criar uma declaração de fé própria. As instituições religiosas proferem seu credo, para expor de forma mais rápida as interpretações doutrinárias aos congregados.


É importante todos os seguidores de Cristo terem em mente os princípios elementares da fé. O ato de, quando necessário, falar a alguém sobre esses princípios, é uma declaração falada de fé. Considero muito mais importante a declaração vivida. Todos temos uma declaração, confissão ou credo de fé.


Algumas instituições adotam a postura da pessoa declarar em voz publicamente uma declaração ‘pré-formulada’ como maneira de ingresso às atividades religiosas. Não vejo necessidade, mas, cada um faz como pensa ser melhor, pois isso não vai interferir na salvação.


Poderia citar o ‘ladrão da cruz’, que não teve uma maneira formal – e nem tempo – de fazer uma declaração de fé. O que costumo falar in suma sobre a declaração de fé é o propósito de Deus: somos pecadores, necessitamos de um salvador; Cristo veio ao mundo, (morreu), pagou nossa dívida, ressuscitou e está à direita do Pai.


Claro que alguns necessitam de uma explicação mais detalhada, outros não.


Na história Cristã, os credos ou confissões foram elaborados para unificar o pensamento, combater heresias e principalmente diferenciar da igreja Católica Apostólica Romana, após a reforma protestante.


Nos dias de hoje sua importância se dá para o posicionamento diante do pluralismo, secularismo e todo ‘ismo’ e ‘mimimi’ dos dias de hoje. A declaração de fé faz parte da apologética que todo cristão tem de ter – se de forma elaborada em tópicos ou em consciência.


A Bíblia trata com o termo neófitos aqueles que não conhecem o propósito da vida cristã/propósito de salvação. A declaração de fé ou, os princípios elementares, são a primeira visita que essa pessoa receberá – e não é papel do líder religioso ingressá-los, e sim de todos com a amizade e convivência. Às crianças, ensinamos gradativamente, não é? Na vida Cristã não é diferente.


Com a disponibilidade da internet, e a variedade de pensamentos e credos religiosos, poderia eu descrever abaixo o que penso mais se enquadrar na visão do propósito de Deus. Não farei isso aqui. Uma das declarações mais concisas é a de Westminster. Há toda a história de como foi elaborada, julgada, decidida, ponderada – e por um grande número de pessoas.


Em suma, exporei um pensamento sobre a declaração de fé que deve ser vivida, mantida como base para toda explanação literária escrita ou falada dos textos Bíblicos.


A Igreja, como instituição e também pessoas (organismo vivo) é responsável por manifestar ao mundo hoje, a plena autoridade que Jesus recebeu de Deus Pai, “para que Ele seja Senhor de fato sobre tudo quanto é Senhor de direito” (Ibab – Ed René Kivitz).


Temos por missão integral levar o evangelho todo através dos atos, para o homem todo, com a integração do serviço, para transformar a realidade imediata e futura como sinal do Reino de Deus que será plenamente aplicado na eternidade.


Algumas dúvidas irão permanecer. Oro ao nosso Deus para que o Espirito Santo possa esclarecer, se segundo propósito d’Ele.


Para alguns temas teremos estudo em vídeo (espero que em breve) e também em texto. Siga a página no Facebook e fique por dentro das atualizações e postagens.





Por: Félix Martins Lírio