20.1.16

Confissão de Fé: necessário, preciso, relevante?




Há algum tempo venho pensando em escrever sobre a Confissão de Fé, ou Credo, ou Declaração de Fé. Esbarro sempre na questão da relevância. Então uma Confissão de Fé não é relevante? Ao contrário. Deixe-me explicar.


Tudo vai depender da finalidade pela ou para qual escrevemos/queremos uma declaração de fé.

1)      A declaração de fé não é maior que os Escritos Bíblicos (Sola Scriptura);
2)      A declaração de fé não é prova de ser um cristão;
3)      A declaração de fé não tem poder para a salvação;
4)      A declaração de fé não define caráter;
5)      A declaração de fé pode dividir pensamentos;
6)      A declaração de fé pode ter argumentos ‘pró’ ou ‘contra’.



Não vou ficar escrevendo os prós e os contras aqui. Não é o objetivo. Quando falo em objetivo refiro-me ao principal, necessário, relevante e não ao fútil.


Afinal, o que é o relevante, necessário, principal? Aqui veremos uma amostra do que é realmente importante, mas teremos um estudo próprio sobre esse tema.


Voltemos às confissões, declarações, credos. Sem a arrogância ou prepotência de criar uma declaração de fé própria. As instituições religiosas proferem seu credo, para expor de forma mais rápida as interpretações doutrinárias aos congregados.


É importante todos os seguidores de Cristo terem em mente os princípios elementares da fé. O ato de, quando necessário, falar a alguém sobre esses princípios, é uma declaração falada de fé. Considero muito mais importante a declaração vivida. Todos temos uma declaração, confissão ou credo de fé.


Algumas instituições adotam a postura da pessoa declarar em voz publicamente uma declaração ‘pré-formulada’ como maneira de ingresso às atividades religiosas. Não vejo necessidade, mas, cada um faz como pensa ser melhor, pois isso não vai interferir na salvação.


Poderia citar o ‘ladrão da cruz’, que não teve uma maneira formal – e nem tempo – de fazer uma declaração de fé. O que costumo falar in suma sobre a declaração de fé é o propósito de Deus: somos pecadores, necessitamos de um salvador; Cristo veio ao mundo, (morreu), pagou nossa dívida, ressuscitou e está à direita do Pai.


Claro que alguns necessitam de uma explicação mais detalhada, outros não.


Na história Cristã, os credos ou confissões foram elaborados para unificar o pensamento, combater heresias e principalmente diferenciar da igreja Católica Apostólica Romana, após a reforma protestante.


Nos dias de hoje sua importância se dá para o posicionamento diante do pluralismo, secularismo e todo ‘ismo’ e ‘mimimi’ dos dias de hoje. A declaração de fé faz parte da apologética que todo cristão tem de ter – se de forma elaborada em tópicos ou em consciência.


A Bíblia trata com o termo neófitos aqueles que não conhecem o propósito da vida cristã/propósito de salvação. A declaração de fé ou, os princípios elementares, são a primeira visita que essa pessoa receberá – e não é papel do líder religioso ingressá-los, e sim de todos com a amizade e convivência. Às crianças, ensinamos gradativamente, não é? Na vida Cristã não é diferente.


Com a disponibilidade da internet, e a variedade de pensamentos e credos religiosos, poderia eu descrever abaixo o que penso mais se enquadrar na visão do propósito de Deus. Não farei isso aqui. Uma das declarações mais concisas é a de Westminster. Há toda a história de como foi elaborada, julgada, decidida, ponderada – e por um grande número de pessoas.


Em suma, exporei um pensamento sobre a declaração de fé que deve ser vivida, mantida como base para toda explanação literária escrita ou falada dos textos Bíblicos.


A Igreja, como instituição e também pessoas (organismo vivo) é responsável por manifestar ao mundo hoje, a plena autoridade que Jesus recebeu de Deus Pai, “para que Ele seja Senhor de fato sobre tudo quanto é Senhor de direito” (Ibab – Ed René Kivitz).


Temos por missão integral levar o evangelho todo através dos atos, para o homem todo, com a integração do serviço, para transformar a realidade imediata e futura como sinal do Reino de Deus que será plenamente aplicado na eternidade.


Algumas dúvidas irão permanecer. Oro ao nosso Deus para que o Espirito Santo possa esclarecer, se segundo propósito d’Ele.


Para alguns temas teremos estudo em vídeo (espero que em breve) e também em texto. Siga a página no Facebook e fique por dentro das atualizações e postagens.





Por: Félix Martins Lírio